sexta-feira, 14 de agosto de 2009

"tanta coisa que eu tinha a dizer, mas eu sumi na poeira das ruas"

como diz o bolero: "dicen que la distancia es el olvido, pero yo no concibo esta razón". eu não vou mentir aqui e dizer que morro de saudades, porque a verdade é que a correria do dia a dia não me permite grandes romantismos, mas confesso que vezenquando me pego com pensamentos meio melancólicos e quase suicidas. vem a minha mente uma dúvida enorme, uma inquietação que me faz perguntar se tem valido (ou valerá) à pena a decisão de recomeçar aqui a vida, de me reinventar sem garantia nenhuma de sucesso ou porto seguro.

acabei perdendo a data de requerimento para entrar como aluno especial do mestrado (confundi com a de matrícula e passei batido), mas não importa: tenho aquela mentalidade que me consola dizendo que não era a hora. hei de me inscrever na seleção mês que vem e, espero, ano que vem entro como aluno regular após passar nos testes em novembro. por enquanto talvez eu estude francês, talvez arte. talvez eu viaje mais ou leia mais. não importa; estou sereno e paciente.

a vida aqui é tranquila, sem maiores emoções, mas curiosamente eu estou tendo paz de espírito suificiente para, pelo menos por enquanto, não me desesperar querendo mais. sei que depois eu encontro outras coisas, outros lugares e outros rostos para ocupar meu tempo e meu coração, e que agora basta o "pouco" que tenho. como diz outra canção, não menos bolero: "a fé no que virá e a alegria de poder olhar pra trás".

a saudade existe, mas não invejo a felicidade atual e o companheirismo cotidiano de ninguém. sinto falta dos nossos momentos, dos dias na praia ou na serra, das muitas cervejas e dos tantos sambas, mas não troco meu hoje por nenhum ontem. acho que as possibilidades são muitas, e que sustentar a minha decisão de vir é tão (ou mais) importante quanto foi tomá-la. deus me ajude a perseverar e a não sucumbir à saudade (pelo menos não antes de ter muitos braços aqui para me segurar na queda).

com amor,
rodolfo. xxx

3 comentários:

  1. meu amor, acredito mesmo que não existe nada que impeça vc de crescer em qq sentido nesse seu novo momento. a gente sente saudade mesmo, muita às vezes, chega a ser insuportável, mas a serenidade vem sempre depois dizendo que é preciso resistir e ficar, a fé na vida faz a gente acreditar que existe para além de todas as misérias um destino de felicidade. se os braços daí não forem suficientes pra te segurar, os daqui, mesmo de longe te salvarão porque os donos deles te amam demais, inclusive eu.

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  2. Como diz Idris, já utilizando as palavras de Galvão Bueno rs..."Pois é amigo, Copa do Mundo é diferente!". Apesar da distância, nossos laços estão bem apertados. E independente do tempo que dure para nos reencontrarmos, acredito eu, parecerá que a gente ficou apenas um fds longe. Iremos dar as mesmas gargalhadas, tomar aquela gelada e depois se despedir dizendo um até logo. Abração Cumpadre e fica com Deus!

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  3. Gordo, nós sentimos sua falta, é fato. E isso acontece principalmente nos momentos de nostalgia que temos quando estamos todos juntos. Pode até parecer estranho eu está falando assim, pelo pouco tempo que nos conhecemos, mas é verdadeiro. Mesmo com a distância existente agora, os laços permaneceram, e permanecerão por bastante tempo, espero. Lembre-se má friend: "I'll be there for you ('cause you're there for me too)".

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