sexta-feira, 5 de junho de 2009

sobre amor e confusão.

"Talvez o mal é que a gente pede amor o tempo todo. Não se preocupa em dar amor, sem esperar reciprocidade.

[...] A gente tá se perdendo todos os dias, pedindo pras pessoas erradas. Mas o negócio é procurar. A gente não se recusar a se entregar a qualquer tipo de amor ou de entrega. Eu nunca vi por que evitar a fossa. Se a fossa veio é porque ela tinha que vir. O negócio é viver ela e tentar esgotar ela.

[...] A gente sempre procura um amor que dure o mais possível. Procura, procura, talvez tu aches. Pra mim é horrível eu aceitar o fato de que eu tô em disponibilidade afetiva. Este espaço branco entre dois encontros pode esmagar completamente uma pessoa. Por isso eu acho que a gente se engana, às vezes. Aparece uma pessoa qualquer e então tu vai e inventa uma coisa que na realidade não é. E tu vai vivendo aquilo, porque não agüenta o fato de estar sozinho.

Eu me sinto superfeliz quando encontro uma pessoa tão confusa quanto eu"

(ABREU, Caio Fernando. "Depoimentos". In: "Caio 3D: O essencial da década de 1970". Rio de Janeiro, Agir, 2005, p. 348-349).



p.s.: vocês são tão confusos quanto (ou mais do que ) eu, por isso o amor é tão grande. ;**

Um comentário: